O Governo do justo
“Eu sei das muitas maldades e dos graves erros que são cometidos.
Maltratam as pessoas honestas, aceitam dinheiro para torcer a justiça e não
respeitam os direitos dos pobres.” Amós 5:12
O homem, corolário da criação de Deus, teve o privilégio de receber como
presente do seu Criador, utilizando do seu próprio corpo, a mulher, após isto,
Deus instituiu a família, abençoando o casamento, e, estabeleceu o Seu Plano
Cultural, constante de 4 pré-requisitos basilares:
a) Crescer; b) Multiplicar; c) Povoar toda a terra,
e, d) GOVERNAR!
Adão, era justo, filho e servo do Deus Altíssimo, por esta razão, cabia
a ele, e, tão somente a ele, o DIREITO DE GOVERNAR. Mas, infelizmente Adão,
usando da faculdade do arbítrio, resolveu bandear-se para o time do diabo, e,
entregou à satanás, o seu direito inalienável, consagrado numa Cláusula Pétrea da
Constituição do Governo de Deus, a Bíblia, o Governo do Planeta Terra!
Satanás, astuto, mentiroso, falso, trambiqueiro, corrupto e corruptor, e
vendedor de ilusões, conseguiu infiltrar-se na IGREJA DO SENHOR JESUS CRISTO,
através do joio e incutiu na cabeça de alguns “líderes” evangélicos que
política é do diabo, muitos deles não só concordaram com o maligno, mas,
também, se tornaram instrumentos do inferno para disseminar essa falsa semente.
Política não é do diabo. Política é de Deus! Do diabo é a politicagem e
a politicalha chã, rasteira, degradante, deprimente, sórdida, malévola,
infernal, revanchista, dominadora, difamatória, caluniadora, denuncista, falsa,
corrupta e corruptora, clientelista, nepotista, nefasta e nefanda, baseada no
brocardo de Alexandre Magno: “Nenhuma cidade fortificada resiste a um burro
carregado de ouro.”
O Deus da Bíblia criou a Política e criou o Político (observe que as
iniciais são maiúsculas, como Maiúsculo é o Criador), e, isto Aristóteles
entendeu quando declarou: “Andro Zoo Politikon” e, Thomaz de Aquino arrematou:
“O homem é um animal social e um ser sociável.”
O dramaturgo alemão Bertolt Brecht, no seu poema: O ANALFABETO POLÍTICO,
assim leciona: “O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não
fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe que o custo de
vida, os preços do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do
remédio, dependem das decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito
dizendo que odeia a política.
Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política nasce a prostituta, o
menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista,
pilantra, corrupto e lacaio dos exploradores do povo.
Politika (Gr.) Significa os negócios públicos do estado.
O substantivo Politikê, é a arte de governar a cidade.
Pessoas há que pensam que um evangélico não deve entrar na política, ou
seja, não deve participar do processo de administração da coisa pública.
Tal assertiva é eminentemente diabólica, e, razão disto não encontra, sequer,
qualquer respaldo bíblico, senão, veja-se:
1 – O profeta Daniel, “Homem Mui Desejado”, era um Estadista,
administrando a coisa pública, num governo cheio de idolatria e paganismo;
2 – Daniel tão logo assumiu o cargo solicitou do Rei, postos para três
prefeitos, e neles colocou seus três piedosos companheiros: Sadraque, Mesaque e
Abdnêgo (Dan. 2: 48,49).
3 – O que dizer de José do Egito, Gen. 41:38-42?
4 – E de Mardoqueu que se tornou o segundo no Reino de Assuero,
Ester 10:3? É conveniente lembrar que, todos os líderes do Antigo Testamento
eram envolvidos com os negócios do Estado.
É um falso argumento, portanto, o dizer de alguns de que crente não se
deve envolver com política. DEVE, SIM! Não é o salvo em Cristo sal da terra e
luz do mundo? E, em Filipenses 4: 13: “Posso todas as coisas naquele que me
fortalece.” O Profeta Daniel, que orava três vezes ao dia, era envolvido com a
maquiavélica política babilônica, mas, resolveu, no seu coração, não se
contaminar. Por quê? Então, pessoas evangélicas hoje não podem envolver-se com
a administração da nossa Cidade, do nosso Estado e do nosso Brasil?
É uma falsa teologia!
Na Oração Sacerdotal, Jesus disse: “Não rogo que os tire do mundo, mas
que os livre do mal” João 17: 15.
Outros há que argumentam que não deve, pois que, quando o crente entra
na Política, corrompe-se. Mentira deslavada! O crente jamais se corrompe, em
qualquer que seja a situação ou lugar. Quando se corrompe, é porque nunca foi
crente, sempre foi corrupto ou corruptor, se dantes nunca houvera demonstrado,
é porque nunca se lhe foi dada uma oportunidade.
O crente está no mundo, como o barco está nas águas, há perigo quando em
qualquer atividade se deixa entrar água no barco de sua vida, ou da sua
fé, pois, em toda e qualquer ocupação ou atividade humana, há pessoas
desonestas. Vemos, por exemplo, alguns que se intitulam crentes e que roubam
nos Dízimos e nas Ofertas, estes, de certo, se corromperiam, porque já
demonstram ser, desde agora. É certo que o nosso País vive lambuzado de
corrupção por todos os lados, mas, por isso, não devemos mergulhar num
pessimismo irreversível, nem devemos simplesmente amaldiçoar as trevas sem, ao
menos, acendermos uma vela.
A Eleição:
O crente não deve fugir, sob nenhuma alegação do seu dever cívico de
sufragar nas urnas da democracia o seu Irmão (Deut. 17: 15, comp. Gal. 6: 10)
e, na ausência deste, aquele que melhor se aproximar do Senhor. Falar em anular
votos não é consentâneo com a Bíblia! O voto é uma arma para ser usada. Ademais,
o crente já fez um dia a decisão, não pode, doutra sorte, nunca mais, tornar-se
indeciso, diante de qualquer que seja a situação.
O seu voto deverá visar a, sempre, ajudar a expansão do Reino de Deus,
aqui na Terra, e, nunca dar uma mãozinha a satanás, votando naqueles que o
rabudo deseja levantar como cabeça, quando, na realidade, deveriam ser caudas.
Seu voto deve ser sempre livre, nunca comprado pelo diabo por um
benefício qualquer, porque tudo que você faz é para a Glória de Deus, e, seu
voto é do Senhor e do Seu Reino. Muitos corruptos e vendilhões do Corpo do
Senhor negociam o seu voto, e muitas vezes, o da Igreja de Cristo, por tijolos,
bancadas, instrumentos musicais, telhas, veículos, etc. “movidos pela ganância,
e com palavras fingidas, eles farão negócio de vós.” II Pedro 2:3.
Em a Nova Aliança no Sangue do Senhor Jesus Cristo, Jesus resgatou,
também, o Plano Cultural de Deus, instituído ab initio para o homem, ampliando
a sua eficiência e a sua eficácia:
Crescer, tanto
em estatura, quanto em conhecimento, em graça, e em espiritualidade. (Lucas
1:80)
Multiplicar, tanto
do ponto de vista humano, reproduzir, quanto do ponto de vista espiritual, o
crescimento em proporções geométricas de Sua Igreja na terra. (Atos 16:5).
Encher toda a terra, o conhecimento de Deus encherá toda a terra como as águas
cobrem o mar. (Habacuque 2:14).
Governar: Em
Cristo somos Reis (governantes) e Sacerdotes, e, somos luz do mundo, ninguém,
pois, acende uma candeia e a coloca debaixo da mesa, mas, põe-na no VELADOR (na
parte mais alta da casa, no teto; na parte mais alta da rua, no poste ou na
parte mais alta da sociedade, nos mais altos cargos da administração pública).
(Mateus 5:15)
Deus sonha em estabelecer na terra o Governo do Justo, alguém
justificado pelo Senhor Jesus Cristo, e, escolhido por Deus para governar,
sendo governado pelo Dono do Mundo, porque o governo é Dele, como Dele são
todas as coisas, porque por Ele e para Ele foram criadas as coisas, e nada
do que foi criado, foi criado sem Ele. (Romanos 11:36)
Em Isaías 9:6, está essa certeza “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, o GOVERNO
está sobre seus ombros, e o seu nome será: Maravilhoso, Conselheiro, Deus
forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz”.
E mais: “Quando
o justo governa, o povo se alegra; mas quando o ímpio governa, o povo CHORA”.
(Provérbios 29:2).
E, mais ainda: “As
árvores foram ungir para si um rei. E disseram à oliveira: Reina tu sobre nós.
E disse-lhes a oliveira (ao pé de azeitona): Deixaria eu o meu óleo, que Deus e
os homens em mim prezam, e iria me preocupar com as árvores? Então disseram as
árvores à figueira (ao pé de figo): Vem tu e reina sobre nós. Mas a figueira
disse: Deixaria eu minha doçura e meu bom figo, e iria me preocupar com as
árvores? E disseram as árvores à videira (ao pé de uva): Vem tu e reina sobre
nós. E a videira lhes disse: Deixaria eu meu vinho que agrada a Deus e aos
homens e iria me preocupar com as árvores? E todas as árvores disseram ao espinheiro:
em tu e reina sobre nós. E disse o espinheiro às árvores: Se realmente me ungis
rei sobre vós, vinde, e abrigai-vos debaixo de minha sombra. Mas, se não, saia
fogo do espinheiro e consuma os cedros do Líbano”. (Juízes 9:8-15)
Ademais: “não
devereis eleger sobre vós alguém que não seja vosso irmão mas elegereis alguém
que o Senhor teu Deus escolher”. Deuteronômio 17:15
Em I Samuel 16:1b Deus diz ao Profeta Samuel “Enche o seu vaso de azeite e vai à casa de Jessé, o belemita,
porque dentre os filhos dele, Eu já escolhi um para governar o meu povo.
O que a Bíblia está nos ensinando nesse versículo é que Deus fala com o
Profeta e lhe mostra a quem Deus escolheu para governar, só aí então o profeta
derrama na cabeça do escolhido de Deus o azeite da Santa Unção. Hoje, em 2010,
no terceiro milênio, no século 21, você já aprendeu na Bíblia, que você na
terra é um profeta de Deus e para ungir seu irmão, o escolhido de Deus,
para governar, você tem de usar o azeite da santa unção. Hoje, esse azeite é
aquilo que todo o povo conhece e si chama do título de eleitor, é com ele que
você unge o governante, é com ele que no Estado Democrático de Direito como o
nosso, você elege aquele que vai governar sobre você.
“São estas as últimas palavras de Davi: Diz Davi, filho de Jessé, e
diz o homem que foi levantado em altura, o ungido do Deus de Jacó, e o suave em
salmos de Israel. O Espírito do SENHOR falou por mim, e a sua palavra está na
minha boca. Disse o Deus de Israel, a Rocha de Israel a mim me falou: Haverá um
justo que domine sobre os homens, que domine no temor de Deus. E será como a
luz da manhã, quando sai o sol, da manhã sem nuvens, quando pelo seu resplendor
e pela chuva a erva brota da terra”. (II Samuel 23:1-4)
“Para que o ímpio não governe e não exista quem
engane o povo”. (Jó 34:30)
Fonte: http://www.ibca.org.br/blog/539/